domingo, 20 de março de 2011

MORAÚJO, UMA CIDADE ONDE TODOS DIZEM “AMÉM”




Fico me perguntando como um moraujense se sente, ao olhar a sua folha de pagamento e vê que do pouco que recebe, precisa deixar uma parte para pagar outro funcionário e sabe-se lá quem é este funcionário.
Pergunto-me como um professor moraujense se sente, tendo seus direitos limitados e sua dignidade desmoralizada.
Pergunto-me afinal, quem governa nossa cidade? Quantas pessoas, quantos nomes sentaram na cadeira mais cobiçada durante essa gestão? O que eles querem de nós? Que sejamos tolos? Que aguentemos tudo e digamos apenas amém?
Sim. Eles podem dizer e fazer tudo que bem entenderem com nosso povo. Jogam em nossa cara as suas falcatruas, a sua desordem, o seu desrespeito.
São quase vinte anos de ilusão e sofrimento e só podemos esperar por mais. Parece que a esperança nos disse adeus. Deixou-nos livres e prontos para superarmos sozinhos tanta mentira.
Os nossos governantes só conseguiram construir ninhos de cobras e isto vem desde a gestão anterior, quando eles ensinaram a seus discípulos que “morder” e logo depois  “assoprar” é uma ótima fórmula para se manter no poder. Nada que tapinhas nas costas e sorrisos falsos não resolvam e apaguem o sofrimento abafado de nosso povo.
A traição está dentro do próprio ninho, vereadores que têm seu preço, pessoas que servem mais de um deus ao mesmo tempo, pessoas do “leva e trás”. E agora, como acabar com esse ninho? Enfim, são todos “cobras” do mesmo ninho, de mesmo sangue. Com pequenas diferenças: alguns sugam menos que outros.
O povo aprendeu como se investe R$ 633.023,26 na pavimentação de ruas da cidade e reformas de uma praça. Aprendeu com o prefeito anterior como se investe numa quadra que era pra ser um poliesportivo e que não aguentou um vento. Aprendeu que é melhor não sair perguntando quem são os responsáveis pelo esporte, pela cultura, pela educação, pela saúde, e pela infra-estrutura de nosso município. Aprendeu que quem defende os nossos professores pode ser facilmente calado. Aprendeu como se faz uma passagem molhada de luxo. E aprendeu que em tempo de eleição todos que perdem retornam, com a cara mais “lambida” possível.
Mas como aqui tudo pode, tudo é permitido...apenas dizem amém e pronto, voltamos a estaca zero.

Jackson Sampaio
   
  

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